Ensino Superior: O Remédio Supremo

Ensino Superior: O Remédio Supremo

Sabe aquele remédio que poderia fazer você viver mais, ficar mais saudável, ganhar mais dinheiro, se sentir mais feliz e ter relacionamentos mais fortes? Boa notícia: ele existe! Porém, tem um detalhe: as pessoas estão guardando ele sem motivo.

Esse "remédio" é, sem dúvida, a faculdade. Nos Estados Unidos, as universidades, como Harvard, têm a fama de serem a fonte principal desse "elixir" poderoso. Elas podem aumentar em quatro vezes o dinheiro que um estudante ganha e aumentar muito as chances de conseguir cargos importantes, como ser presidente. No entanto, guardamos esse "medicamento" valioso atrás de mensalidades altas e prédios bonitos.

Inspirados pelo que Scott Galloway escreveu, olhamos criticamente para o mundo das faculdades, incluindo a questão polêmica das ações afirmativas, mais conhecidas como cotas. Por exemplo, em 1960, apenas 15 estudantes negros estudavam em Harvard, Yale e Princeton juntos. Em 1965, o Presidente Johnson propôs uma mudança, o que levou às ações afirmativas (um jeito de admitir certos grupos que geralmente sofrem discriminação) para tornar a educação de elite mais justa. Entre 1980 e 2020, a porcentagem de estudantes não brancos nas melhores universidades subiu de 14% para 50%.

Mesmo assim, as cotas têm sido muito discutidas, com as admissões levando em conta a raça chegando frequentemente à Suprema Corte dos EUA. Recentemente, o Tribunal decidiu que não é certo considerar a raça nas admissões das universidades. Muita gente concordou com essa decisão: 74% dos americanos não acham certo usar a raça como algo importante para decidir quem entra na faculdade.

Mas tem algo ainda mais forte que influencia a sociedade nos Estados Unidos: o dinheiro. Os alunos ricos costumam ter notas melhores em testes e são mais propensos a ir para a universidade. Mesmo em Harvard, muitos estudantes que pertencem a uma minoria vêm de famílias com dinheiro e pais que foram à universidade. Isso mostra como o dinheiro está ganhando mais influência. Em uma sociedade capitalista, o dinheiro está cada vez mais decidindo quase tudo.



As ideias de Galloway nos mostram que ficamos discutindo muito sobre as cotas, mas isso nos distrai de algo maior. Não é tanto sobre "quem pode entrar", mas sim sobre "quantos podem entrar". A resposta deveria ser mais: mais estudantes de diferentes raças, faixas de renda e identidades; mais acesso a uma educação boa e que não custe tanto. Para fazer isso, precisamos focar em aumentar a oferta, tendo mais vagas e fazendo a educação custar menos.

Galloway tem uma sugestão grande: o governo poderia dar uma média de 1 bilhão de dólares para as maiores universidades públicas. Assim, elas reduziriam o valor da anuidade em 2% a cada ano e aumentariam o número de alunos em 6% anualmente, durante 10 anos. Isso resultaria no dobro de vagas para os calouros, por metade do custo. Também abriria mais oportunidades para estudantes que talvez não queiram ou não possam fazer cursos tradicionais de quatro anos.

Essas estratégias não querem diminuir a qualidade das universidades mais renomadas; é mais sobre equilibrar a qualidade com mais oportunidades. Muitas das melhores universidades de hoje, como a UCLA, mantiveram sua boa reputação mesmo aceitando mais alunos no passado. O foco deve ser na educação, não em luxo ou exclusividade.

Galloway também diz que mesmo as universidades particulares, apesar do nome, dependem muito do dinheiro público. Por isso, essas instituições também precisam aceitar mais alunos, de acordo com o crescimento da população ou até mais rápido. Se não fizerem isso enquanto ganham mais dinheiro, fica em dúvida se elas merecem ser chamadas de sem fins lucrativos.

Apesar do problema das dívidas estudantis ser real, não é tão terrível como algumas pessoas dizem. A maioria das pessoas que deve dinheiro por estudar consegue pagar com o tempo. Ainda assim, precisamos de mais programas para perdoar dívidas e fazer as faculdades serem responsáveis pelas altas dívidas que causam.

Para resumir, como Galloway diz, é importante mudarmos como pensamos sobre o ensino superior. Se focarmos em dar mais chances a diferentes tipos de alunos e fizermos as instituições de ensino responderem pelo papel delas na sociedade, podemos nos aproximar de fazer da educação superior o "remédio" que tem o potencial de melhorar a vida.

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